quinta-feira, 17 de maio de 2012

Romariz aposta nas camadas jovens

Integração de modalidades como a dança, a ginástica e o BTT são metas a atingir  


Tal como já noticiamos, o FC Romariz encontrou, no passado mês de dezembro, uma solução para resolver o impasse diretivo que surgiu no último verão. Desde então, a nova direção, encabeçada por Agostinho Cunha tem realizado várias atividade, a última das quais ocorreu no dia 25 de Abril. Num dia tão emblemático para a democracia portuguesa, o Romariz foi uma das poucas colectividades que fez questão de relembrar esta data, com um conjunto de actividades que levaram miúdos e graúdos a participar em diversas provas, como atletismo, BTT, dança e obviamente jogos de futebol. Pedro Machado e Eduardo Vilar, vice-presidente e vereador do desporto marcaram presença no Parque Desportivo local, juntamente com Pedro Moreira, presidente da junta de freguesia de Meinedo, para entregar as medalhas aos atletas vencedores das diversas modalidades.
Posteriormente, as emoções do futebol centraram as atenções, com um particular entre a equipa sénior e a formação de veteranos do clube. De seguida, foi a vez de os escolinhas entrarem em cena, antes de o dia terminar a volta da mesa, onde não faltaram o caldo verde, as fêveras grelhadas e o bom vinho da região.
Para Agostinho Cunha, um funcionário público (agente da PSP), de 40 anos, natural de Meinedo, esta é a primeira vez que exerce funções diretivas no clube, onde foi atleta nas temporadas 1990/91 e 92. A falta de pessoas em ajudar a coletividade e o vazio que se criou com a saída da direção anterior foram as principais razões que o levaram a assumir o cargo e tem como meta a atingir a implantação de outras modalidades, apostar nas camadas jovens e reforçar o associativismo.

TVS: Quais são os seus principais objetivos desta direção?
AGOSTINHO CUNHA:
Passam por regularizar as finanças do clube e tentar enraizar o associativismo. As pessoas devem colaborar umas com as outras, no sentido de "levar este barco a bom porto". Estamos a implementar várias actividades como a ginástica e o futebol de formação. É uma aposta que esta direção afastar os miúdos dos diversos vícios que a sociedade de hoje apresenta. Queremos melhor e fazer com que as pessoas gostem do clube. Outro dos objetivos é a reativação do futebol, mas nesse caso, a vertente económica tem o seu peso, pois temos de ver se há possibilidades de filiar o clube. As camadas jovens poderão ser uma realidade, dependendo das ajudas a nível de instituições, casos da junta de freguesia e da autarquia. Se essa ajuda vier, esse projeto vai avançar. Vamos procurar melhorar as infraestruturas, o que já começou a ser feito no salão. Estamos a construir um alpendre, para criar condições para organizar algumas festas. Estamos a instalar um novo sistema de gás, com um depósito subterrâneo.
 
TVS: O futebol sempre foi a imagem da associação. Que planos existem relativamente a uma equipa sénior?
AC:
Inscrevermo-nos na Associação de Futebol do Porto está fora de questão, em virtude do das despesas inerentes a esse campeonato. Nos dias de hoje, é-nos impossível entrar novamente e a solução deverá passar pelas provas da AFA Lousada. Estamos em negociações e se tivermos as ajudas necessárias, o mais certo é entrarmos nesta competição.

TVS: Se assim acontecer, o clube tem previsto o regresso dos jogadores que passaram por cá?
AC:
Se for para avançar, teremos de analisar e rever certos pontos. Devido a este interregno, a equipa desintegrou-se e obviamente os atletas não iam ficar à espera. Procuraram outras soluções, trataram da sua vida a nível desportivo e foram para outros clubes, como o caso do Cristelos que tem vários jogadores que foram desse clube. Se o clube não lhes pode dar a prática no desporto que gostam, têm de procurar noutros locais e fizeram bem. Nós agora vamos começar do zero e por isso a principal aposta são as camadas jovens para garantir o futuro. Ou seja, começar de baixo, criando alicerces fortes para depois termos massa humana para criar uma equipa sénior coesa.

TVS: Para além do futebol, existe a possibilidade de implementar outras modalidades?
AC:
O atletismo, a ginástica e o BTT fazem parte do nosso programa e a iniciativa de hoje (25 de Abril) serviu como um "isco" para chamar mais jovens e pessoas a colaborarem connosco. O teatro é outra das vertentes que poderá ser implementada, se surgirem pessoas interessadas e nos apresentarem um projeto. Estamos aqui para ajudar, temos o salão que está pronto, com um novo visual, no qual, as pessoas se podem dedicar ao teatro e outras atividades. Nós queremos chamar para a associação todo o tipo de atividades para além do futebol.

TVS: No 25 de Abril, o Romariz foi uma das poucas coletividades que assinalou a data. Esta é a imagem da multiplicidade que quer implantar no Romariz e transmitir ao concelho?
AC:
Afirmativo. É a imagem do grupo que queremos aqui. Para além de ser uma direção, é um grupo que trabalha e colabora, com gosto de criar e inovar. A direção apresentou os eventos, debatemos e avançamos, porque acho que esta é a maneira de melhorarmos o associativismo. Queremos que as pessoas se aproximem da colectividade, não queremos que se afastem.

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