quarta-feira, 10 de março de 2010

Quanto vale o sexto lugar

Amadores Honra AFP | Nespereira, 1 - Barrosas, 0



Nespereira e Barrosas encontraram-se numa partida em que em discussão estava apenas um lugar entre os seis primeiros e consequente apuramento para a disputa da Taça. Recorde-se que os dois primeiros de cada série vão disputar, num mini-campeonato a quatro, o título de campeão, ficando os quatro clubes que se classificarem entre o 3.º e o 6.º, destinados a disputar a Taça de Amadores da AFP.
São seis os clubes que estão na luta por essas quatro vagas, sendo que dois deles terão de ficar obrigatoriamente de fora. Mas, nem essa aliciante foi suficiente para se assistir a um bom espectáculo, que teve apenas de emotivo, o grande cabeceamento de Costinha e os últimos minutos de forte pressão dos felgueirenses.
O primeiro lance de relativo perigo aconteceu apenas aos 21 minutos, com Toninho a romper até à entrada da área, após uma finta deslumbrante sobre o central contrário. Todavia, só com Elísio pela frente rematou enrolado para as mãos do guardião. O esférico só voltou a chegar junto de uma das balizas à passagem da meia-hora, com um cabeceamento de Ivo por cima da barra. Este lance deu início ao melhor período dos homens da casa. Três minutos volvidos, Pedro Peixoto com um remate à meia-volta atirou para a baliza, mas Vítor interpôs-se no caminho da bola e evitou aquele que seria o golo inaugural. O Marcador acabou por ser aberto no minuto seguinte. Joel cruzou da direita e Costinha mergulhou para efectuar um cabeceamento fulminante. Apesar da colocação da bola, Elísio ficou mal na fotografia já que a deixou escapar por baixo do corpo.



A dois minutos do intervalo, os forasteiros sofreram um revés na sua estratégia. O central Carlos abandonou, lesionado, o rectângulo de jogo e para a segunda metade, Alfredo Jorge esgotou as substituições, refrescando a frente de ataque.
A audácia acabou por surtir efeito e o Barrosas passou a "visitar" com mais frequência o meio-campo contrário. Aos 60 minutos, Nelson não conseguiu o corte completo e quase isolou Vítor Quarenta, valeu Mané a sair dos postes para agarrar o esférico. Volvidos dez minutos, Vítor Quarenta voltou a estar em evidência ao efectuar uma assistência primorosa para Pastel, mas o remate do jovem formado nas escolas do Freamunde saiu fraco e sem dificuldades para Mané.
Na resposta Ivo, em posição frontal, após passe de Costinha, disparou um míssil, mas Elísio redimiu-se da oferta na primeira parte e efectuou a defesa da tarde. Quatro minutos depois, foi a vez de Costinha falhar, igualmente, em frente da baliza, após uma assistência de Toninho, que nunca desistiu do lance e acabou por ganhar o esférico a Ricardinho, junto à bandeirola de canto.
Os últimos dez minutos foram de total domínio da equipa forasteira. Aos 79 minutos, numa das jogadas mais bonitas de todo o encontro, Miguel tirou o "pão da boca" a pastel, que ao segundo poste preparava-se para fuzilar. Aos 84 minutos, Mané com uma intervenção corajosa negou o golo a Tónio Zé e dois minutos depois, Paulo Cinquenta acertou no poste, após cobrança de um pontapé de canto.
Em cima do minuto 90, mais duas ocasiões desperdiçadas pelos felgueirenses. Mané voltou a negar o golo, desta vez a remate de Rambóia, em mais uma jogada que envolveu todos os jogadores do ataque. Na transformação do pontapé de canto, Paulo Cinquenta cabeceou ligeiramente por cima da barra.
Nota de destaque para a equipa de arbitragem. Muitas vezes apelidados de "maus da fita" é justo e merecido falar-se deles quando efectuam um trabalho positivo. É certo que os jogadores não complicaram, mas o árbitro também conquistou o respeito, ao estar aberto ao diálogo, com um sorriso no rosto.

Carlos Mota

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