quarta-feira, 10 de março de 2010

AJP apresentou novo modelo

Pré-série da primeira moto portuguesa de 250 cc esgotada antes de sair para o mercado



A AJP, único fabricante de motos português, com sede em Penafiel e unidade fabril em Lousada apresentou esta quarta-feira, no Parque Arqueológico do Mozinho, na freguesia de Galegos, o seu mais recente modelo, a PR5, que é também a primeira moto portuguesa de 250 cc.
Este novo modelo estabelece novas fronteiras com o seu design arrojado e desportivo e uma dinâmica de condução apurada. Destinado ao segmento do Enduro Lazer, será o modelo mais evoluído da AJP, que conta igualmente com os modelos PR3 e PR4.
A nova AJP PR5 250 está equipada com um novo motor 250cc com injecção electrónica e incorpora as mais evoluídas soluções tecnológicas utilizadas na construção de motociclos, bem como as soluções e conceitos inovadores desenvolvidos pela AJP e que hoje são imagem de marca da empresa, de que são exemplo o braço oscilante em alumínio fundido numa só peça e o depósito de combustível situado atrás e debaixo do banco.
A gama PR5 será constituída pelas versões Enduro e Supermoto, à semelhança das “irmãs” menos potentes
Apesar da apresentação mundial ter ocorrido apenas esta semana, a pré-série de 150 exemplares já está esgotada devido às encomendas provenientes do exterior, garantiu o fabricante da nova AJP PR5.
"Vamos começar com uma pré-série de 150 motos e já está tudo praticamente esgotado graças aos nossos importadores de França, Inglaterra, Japão e Finlândia", acrescentou António Pinto, fundador da AJP Motos.
A expectativa deve-se, segundo o responsável, ao facto de a nova moto ter sido pensada para dar ao utilizador "a sensação de competição a quase metade do preço" dos outros modelos de 250 centímetros cúbicos (cc) das principais marcas da concorrência.
Os comparativos da imprensa da especialidade situam a AJP PR5 num valor final de 4850 euros, enquanto "marcas como a Yamaha, a Honda e a KTM cobram, por modelos idênticos, 8000 a 9000 euros".

António Pinto disse que a diferença se deve ao conceito de produção: "O nosso modelo vai muito mais ao encontro das necessidades de uma pessoa que gosta de andar numa mota destas, mas não a usa para provas de competição a sério - até porque, em Portugal, haverá apenas seis ou sete profissionais que o fazem".
A AJP aposta, por isso, numa mota que está equipada com "uma ciclística de autêntica competição", mas cujo motor "prescinde de aspectos que não são essenciais ao desempenho esperado".
Isso significa, por um lado, braço em alumínio, suspensões Sachs, injecção electrónica Delphi e potência de 25 cavalos a 8500 rotações por minuto; e, por outro, um motor sem radiador de água nem termóstato, o que "implica muito menos manutenção e permite cortar logo cerca de 2000 euros no preço da moto". "O motor já foi concebido prevendo o desempenho específico que se espera da moto", explica António Pinto.
"As motos de alta competição trabalham por horas, mas a nossa é para fazer quilómetros - não tem tanta potência, mas tem mais binário, no que a vantagem é a eficácia".
O empresário diz que o resultado é "uma utilização mais agradável, que não exige tanto do piloto", e revela que esse desempenho foi confirmado pelos dois campeões do mundo que acompanharam a produção: "Um deles foi o Marco Morales e o outro não se pode identificar porque é piloto oficial por outra marca, mas o facto é que ambos adoraram a mota".
Para António Pinto, a PR5 corresponde aos interesses de um nicho de mercado com grande potencial de crescimento e "o que é de admirar é que as outras marcas ainda não se tenham lembrado de adoptar esta filosofia".
Até aqui, a empresa vinha apostando em modelos de baixa cilindrada, "mais vocacionados para jovens com idades entre os 16 e os 18 anos", mas agora a AJP "entra numa nova fase da sua actividade", na qual se propõe "amadurecer a produção" com "uma linha de montagem própria para a PR5".
O objectivo é passar das 400 motos fabricadas em 2009 para "cerca de 700 até final de 2010", sem perder de vista a evolução da nova 250 centímetros cúbicos em contexto real.
António Pinto explica a ideia: "Queremos testar a moto no calendário de provas oficiais de todo-o-terreno e avaliar que lugar podemos ter aí, já que toda a produção foi pensada de forma a que, no futuro, com alterações mínimas, possamos transformar uma PR5 de enduro lazer numa moto de pura competição".

Publicada in TVS

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