sexta-feira, 5 de março de 2010

Aveleda empata em Figueiras em mais um jogo polémico e intenso



Figueiras, 2 - Aveleda, 2 (Futebol Pupolar de Lousada)


Este foi sem dúvida um fim-de-semana abundante em situações de violência, nos campeonatos de futebol amador. Depois dos incidentes no sábado em Romariz, os campos do Figueiras e do Nogueira, no domingo, foram palco de batalhas campais dignas de um filme de Quentin Tarantino.
Quanto ao Campeonato de Futebol Concelhio de Lousada, é certo que os árbitros não envergam as insígnias da FIFA, mas o facto de estes jogos não serem sujeitos a policiamento, "obriga-os" a errar ainda mais. E, a ideia que fica desta jornada é que é necessário repensar seriamente os moldes desta competição.
Dentro do campo os atletas comportaram-se dignamente e proporcionaram um espectáculo intenso e de indefinição no marcador até ao apito final. O Figueiras desde cedo assumiu a iniciativa de jogo, até porque uma derrota colocava-o, praticamente, fora da luta pela revalidação do título. A primeira situação de perigo surgiu aos 17 minutos, após uma boa assistência de Mácio para Leandro, que viu Fernando negar-lhe o golo. Volvidos três minutos, Mácio atirou forte às malhas laterais, após o central do Aveleda ter efectuado um corte a evitar que Chinês fuzilasse as redes de Rabeca. Este foi o período de maior domínio dos homens da casa e pouco depois Chinês com um pormenor deslumbrante, tirou um adversário do caminho e disparou, mas o esférico saiu muito por cima da barra.
Contra a corrente do jogo, os visitantes inauguraram o marcador, num lance em que o guardião da casa ficou muito mal na fotografia. Tozé tirou um cruzamento inofensivo do lado direito, mas Tiago sem sofrer pressão acabou por deixar a bola escapar-se por entre as luvas. Os locais ainda não se tinham refeito da contrariedade e já o Aveleda voltava a marcar. Contudo, este lance foi invalidado por pretenso fora de jogo de Fernando, que deixou algumas dúvidas.
A segunda metade começou com mais um lance polémico. Num rápido contra-ataque, Rui isolou-se a caminho da baliza e foi rasteirado por Paulo Jorge. O árbitro assinalou a falta e exibiu o cartão amarelo ao jogador do Figueiras, mas do banco contrário exigiam uma punição mais pesada.



Em desvantagem, os locais arriscaram tudo e Jorge Ferreira mandou avançar para o jogo Ricardo Nunes e Ratinho, dois elementos de características ofensivas, mas a defesa do Aveleda mostrou-se sempre tranquila. Depois de Capacho ter ameaçado a baliza do Aveleda, Rabeca efectuou duas portentosas defesas consecutivas, a primeira a remate frontal de Chinês e a segunda a recarga de Mácio.
Aos 70 minutos, nova controvérsia. Flávio cometeu falta sobre Toninho, que se preparava para seguir para a baliza, o árbitro marca a falta, mas não agiu disciplinarmente. Os protestos fazem-se ouvir no banco do Aveleda e o seu treinador é expulso, situação que levou a aquecer os ânimos, fora do campo.
Três minutos depois o Figueiras chegou à igualdade, com um pontapé oportuno de Ratinho, que aproveitou a confusão na área, após um cruzamento de Chinês. Duraram pouco os festejos, já que passados três minutos, os forasteiros voltaram para a frente do marcador, em mais um lance em que o guardião da casa não esteve isento de culpas.
Toninho marcou um pontapé de canto e, ao primeiro poste, Tiago voltou a deixar a bola escapar por entre as mãos.



Faltava um quarto de hora para o final, minutos que foram jogados a um ritmo alucinante e com mais dois lances polémicos. Aos 81 minutos, Ricardo Nunes reclamou uma grande penalidade a castigar um corte com a mão de João Paulo, após um remate que seguia em direcção à baliza. O árbitro nada assinalou, mas a um minuto do final e em jeito de compensação apontou para a marca dos onze metros. Ratinho surge na cara de Rabeca e apertado por João Paulo, ainda conseguiu rematar, mas o guardião do Aveleda segurou o esférico. Ora a falta a existir seria de João Paulo e nunca de Rabeca (viu o amarelo) como o árbitro deu a entender, pois o guardião não teve qualquer influência na queda dos dois jogadores, que aconteceu a uns bons dois metros de distância e só depois chocaram ambos com ele e numa altura em que tinha a bola completamente segura nas suas mãos.
No tempo extra o Figueiras ainda procurou um resultado mais positivo, mas Capacho com um excelente remate em arco ficou a centímetros do alvo.

Carlos Mota

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