6 Horas de Ralicrosse - Paulo Sérgio: Marbella da Piranha Racing foi o grande vencedor

Eurocircuito da Costilha assistiu a uma das mais disputadas das 16 edições

Encerrou em grande a temporada off-road com as já tradicionais "6 Horas de Ralicrosse", numa das mais disputadas e emotivas das 16 edições já realizadas da prova de homenagem a Paulo Sérgio, com o vencedor a deter apenas uma volta de diferença para o segundo e terceiro classificado. O primeiro a cortar a meta foi o pequeno Seat Marbella da equipa "Piranha Racing", constituída pelos pilotos João Lousada, José Artur Teixeira, Hugo Couto, André Moura, Rui Xavier e Sérgio Meireles. Um triunfo algo surpreendente, pois foi conquistado pela máquina menos potente (1000cc) e só comparável ao Fiat Uno (1100cc) da única equipa feminina em prova (Carla Teixeira, Zeferina Machado, Ana Aires e Marta Teixeira) e que também merece destaque pois logrou chegar ao final das seis horas. Mas, se para os comuns dos adeptos este pode ser considerado um triunfo excecional, para os mais entendidos foi só o comprovar dos atributos deste pequeno bólide que já provou toda a sua fiabilidade e resistência noutras vertentes do desporto automóvel, como foi e continua a ser o caso dos ralis. Aliás, este carro pode ser já considerado um histórico dos ralis. Quem não se lembra dos Marbella integrar o Rali de Portugal, quando este se disputava de norte a sul do país?
A vitória da equipa "Piranha Racing" deveu-se essencialmente à regularidade, beneficiando ainda dos azares das equipas com máquinas mais potentes. O primeiro a sentir a dureza da prova foi o "Team Briatore" de Renato Carneiro, Joaquim Machado, Pedro Lemos e José Ferreira que aos comandos do competitivo Peugeot 106 GTi lideraram a primeira metade da prova, antes de ser obrigado a abandonar e deixar no comando a equipa da "Multiclima". Américo Moreira, Tiago Moreira e Artur Rocha lideraram entre a 3.ª e a 4.ª hora até ao momento que o motor do Citröen AX cedeu.
Foi a vez da equipa da "Afinauto Competições" assumir a liderança após uma excelente recuperação, desde o sétimo posto. A equipa lousadense constituída por José Dias, Adelino Camelo, Sérgio Soares, Jorge Gonzaga e José Miguel Dias encontrava-se bem encaminhada para alcançar o nono triunfo nesta prova e à entrada para os últimos 50 minutos detinha uma vantagem de cinco voltas para a "Piranha Racing" que desde o início manteve-se sempre nos lugares da frente. Foi nessa altura que a caixa de velocidades do Peugeot 106 cedeu, deixando o carro apenas a rodar na 1.ª velocidade e o público a assistir a uma batalha entre um Golias debilitado e um David, também já com algumas mazelas (um dos amortecedores traseiro partido).
Levar o carro até à linha de meta foi uma tarefa ingrata e desgastante que um dos pilotos mais consagrados do off-road assumiu. José Dias com muito sacrifício conseguiu cortar a meta, perdendo apenas seis voltas, em 50 minutos, para o pequeno Marbella e ainda conseguiu garantir a segunda posição, terminando na mesma volta do Suzuki Swif da AFN, tripulado por Diogo Nogueira, Hélder Brito, Pedro Martins e Nuno Costa.
Cumpriram ainda as seis horas as seguintes equipas: 4.º - Bisquidoce/ABrito; 5.º - Olá Perna; 6.º - AutoCristelos 3; 7.º - Motas Auto 2; 8.º - AutoCristelos 2; 9.º - AutoCristelos e 10.º - Motas Auto 3.