Jovem capitão dos sub-18 já festejou a conquista de um título nacional este ano
Luís Cunha é um dos mais jovens elementos da equipa sénior, estando a cumprir o primeiro ano neste escalão. O jovem que este ano já festejou um título de campeão, ao serviço dos sub-18, equipa da qual é capitão, acredita que poderá voltar a erguer outro troféu ainda esta temporada. Para isso, o Lousada tem de vencer no sábado a Académica de Espinho, em Lamas e o jovem até tem o segredo para a vitória: "A equipa apenas de aproveitar melhor as capacidades de alguns jogadores desequilibradores".
TVS: Depois de uma fase regular exemplar, o Lousada volta a perder com o Espinho em casa, onde esta época ainda não os conseguiu bater. Como foi o ambiente da equipa após o final do encontro?
LUÍS CUNHA: O ambiente, como não podia deixar de ser, foi de frustração pela derrota, mas também porque a equipa trabalhou sempre para ganhar este jogo e consequentemente abrir caminho para o título. O ambiente vivido também advêm das derrotas consecutivas sempre contra esta equipa... Daí o clima tenso.
TVS: O Lousada sente-se pressionado pelo facto de estar perto de conseguir, pela primeira vez na história, um tricampeonato na vertente de campo?
LC: Sou o atleta mais novo desta equipa, mas já me apercebi que não é apenas por isso que nos sentimos pressionados. O Lousada não entra em campo apenas para jogar. O vencer é algo que nos incutem nas "veias" desde muito cedo e essa herança é viciante. Por isso, podemos dizer que a pressão
é uma constante, tal o desejo de vencer. O facto de termos ganho o campeonato duas vezes é apenas fruto de um trabalho conjunto. Mas claro que todos queremos atingir o tricampeonato… Isso não nego.
TVS: Apesar da tua juventude tens jogado com alguma regularidade na equipa sénior e até já marcaste. Estás física e mentalmente preparado para dar o máximo em Lamas?
LC: Sim, claro. Nós atletas, principalmente os mais novos, temos que estar sempre prontos para uma eventual necessidade da equipa. Eu estou preparado para dar o melhor pelo meu clube. Sei que não vai ser um jogo fácil, mas penso que se a equipa entrar concentrada e motivada, podemos sair com o passaporte para o terceiro jogo.
TVS: Na tua opinião quais os pontos fortes que o Lousada precisa anular, para levar o Espinho de vencida?
LC: O Lousada não precisa de anular qualquer ponto forte do Espinho. Precisamos apenas de aproveitar melhor as capacidades de alguns jogadores desequilibradores da nossa equipa: a inteligência do Hugo, a velocidade do Leandro, a leitura de jogo do João, a habilidade do Bruno e a força do Diogo. Apenas precisamos de fazer com que a "máquina" funcione. Dependemos única e exclusivamente de nós.
TVS: Em termos defensivos, o Lousada teve imensas dificuldades para fazer frente aos homens mais avançados do Espinho. Como membro da equipa, acreditas que o Lousada vai ser mais forte nesse setor ao longo deste segundo jogo?
LC: Os primeiros defesas são os avançados. No que trata a defender, apenas existe um setor, a equipa. Penso que para termos uma melhor prestação e efetividade a defender, temos que ter um maior rigor nas marcações, no respeito das linhas defensivas e na posição do marcador em relação à do marcado. Apenas é isso que nos falta. De resto está tudo alinhavado.
TVS: Ao serviço da equipa sénior, já marcaste em Lamas diante a equipa da casa. Frente ao Espinho e numa final tão importante, marcar era um momento marcante na tua carreira?
LC: Todos nós gostaríamos de marcar, porque é a contribuição máxima que um atleta pode fazer, e claro que marcar num jogo destes seria um momento único. Contudo, esse não é o meu principal propósito. Não tenho a preocupação de marcar. Apenas quero contribuir para uma vitória da minha equipa. Basta que desempenhe corretamente as funções que me são dadas, e se todos o fizerem também, consequentemente, o nosso objetivo será alcançado.
TVS- Por fim, caso o Lousada consiga a vitória em Lamas, jogar a "negra" em casa é um grande trunfo?
LC: Claro. Como podemos constatar no passado domingo, o apoio dos lousadenses é inevitavelmente encorajador e o ambiente sentido em campo é muito melhor. O apoio motiva-nos, porque temos a necessidade de jogar bem para não desiludirmos todos aqueles que por nós gritam. Por outro lado, a equipa forasteira também sente uma pressão maior e talvez seja precisamente aí onde reside o cerne da questão.
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