Depois de dois campeonatos e uma supertaça, o Figueiras conquistou o único troféu que lhe faltava
O Águias de Figueiras conquistou no passado domingo a Taça D´Trivela, numa final disputada frente ao Valmesio e que só ficou decidida na marcação de pontapés da marca dos onze metros, após o empate (1-1) verificado ao final de 120 minutos.
Com esta conquista o Figueiras tem agora na sua sala de troféus, as três taças referentes ao Campeonato de Futebol Amador de Lousada: duas de campeão (07/08 e 08/09) e uma supertaça (09/10) e agora a taça D'Trivela.
Sem guarda-redes de posição, o Figueiras apresentou-se para este confronto decisivo com o médio José Carlos a defender a baliza, em substituição do habitual TM. Já o Valmesio não pôde contar com o avançado Diogo, também uma baixa de vulto na equipa.
O Figueiras entrou melhor no jogo, tendo em Chinês um elemento perigoso na exploração das alas que obrigaram Luís a algum trabalho nos minutos iniciais.
Aos poucos o Valmesio foi equilibrando e aos 26 minutos esteve perto de inaugurar o marcador. Sérgio Meireles ao tentar anular um cruzamento de Zé Barbosa, desviou para a sua própria baliza e a bola embateu na barra.
Até ao intervalo as oportunidades sucederam-se em ambas as balizas, mas ambas as defesas superiorizaram-se aos avançados, como foi o caso de Joaquim Mota que aos 39 minutos, evitou que Guimarães concluísse com êxito um chapéu ao guardião adaptado do Figueiras.
A segunda parte começou praticamente com o golo do Figueiras. Mácio ganhou sobre Vítor Costa e deixou para trás, mais precisamente para a marca da grande penalidade, onde surgiu Chinês, a bater Luís pela primeira vez.
Pouco depois Joaquim Mota foi expulso por acumulação de amarelos, mas mesmo com menos um elemento o Figueiras não se refugiou na defesa, apesar de revelar, obviamente, maiores cautelas defensivas, até porque estava na liderança do marcador. No entanto, só foi capaz de segurar até à entrada para o derradeiro quarto-de-hora, quando Machado com um potente remate levou o esférico a embater na trave e no chão, já para além da linha final, surgindo ainda um desvio a confirmar o golo.
Devido aos festejos exagerados da claque afeta ao Valmesio junto do banco de suplentes do Figueiras a partida esteve interrompida durante largos minutos, com os jogadores e equipa técnica do Figueiras a refugiar-se dentro das quatro linhas.
Depois de retomada a partida, as duas equipas lutaram "taco a taco" pelo golo da vitória, mas não evitaram o prolongamento.
Na primeira metade do tempo extra o Figueiras poderia ter sentenciado o resultado, mas o cabeceamento de Jorge Teixeira foi devolvido pelo poste.
Após iniciar a segunda parte do prolongamento, Paulino Silva recebeu ordem de expulsão do banco de suplentes do Valmesio, numa altura em que a sua equipa fazia pressão total na busca do golo que evitaria levar a decisão para as grandes penalidades. No entanto, as melhores oportunidades continuavam a ser criadas pelo Figueiras e em concreto por Chinês, que quase viu Luís a oferecer-lhe o golo, quando deixou a bola escapar por baixo do corpo e já perto do final ficou a pedir castigo máximo por alegada mão de Neto na bola, dentro da área.
Com a igualdade a permanecer, a final teve de ser decidida com a marcação de pontapés da marca dos onze metros. E, aqui uma das sinas do futebol que persegue os jogadores mais consagrados (quem não se lembra de Roberto Baggio na final do Mundial de 1994 ou mais recentemente de Cristiano Ronaldo na final da Liga dos Campeões) repetiu-se. O guardião de recurso, José Carlos, defendeu o pontapé do capitão do Valmesio, Celso, um jogador que já passou pelo escalão principal do futebol nacional, em representação do Penafiel e Braga. Posteriormente Abel também falhou a grande penalidade para gáudio dos adeptos do Figueiras que desde logo começaram os festejos.
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