quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Troféu Norte de Offroad encerrou com chave d’ouro

Foram muitos os motivos de interesse na derradeira jornada do campeonato, uma da mais participadas do ano

 Encerrou com chave d'ouro a presente edição do Troféu Norte de Offroad que teve a sua derradeira jornada no passado domingo, na pista da Costilha (Lousada), a casa desta competição, sendo exclusivamente organizada pelo Clube Automóvel de Lousada.
Apesar de alguns títulos estarem já virtualmente entregues não faltaram motivos de interesse nesta prova, a começar pela excelente lista de inscritos, a ultrapassar a meia centena de pilotos (incluindo muitos espanhóis), até ao número de espetadores, de longe a melhor assistência registada nas cinco jornadas. Carambolas, finais disputadíssimas, picardias entre pilotos e confusão nos regulamentos na atribuição do título da categoria de tração traseira foram outros dos pólos de atração.
Nos kartcross, o pacense Sérgio Castro já havia revalidado o título na ronda anterior, mas nem por isso esta deixou de ser uma das corridas mais emotivas e que contou, ainda assim, com um bom número de pilotos. Com conduções a proporcionar grandes momentos de espetacularidade, cedo se percebeu que Sérgio Castro iria ter forte oposição dos espanhóis Joaquim Amil e David Abraldes que se estrearam no campeonato, por só agora terem conhecimento do mesmo. Apesar da melhor volta pertencer ao pacense, com 40s.461ms, a vitória na final foi para o espanhol Joaquim Amil que largou da primeira posição, mantendo-a até à bandeirada de xadrez, mesmo sofrendo forte pressão de Sérgio Castro. Mais atrás, Bruno Silva liderava o pelotão, mas à quinta volta foi obrigado a desistir, deixando o último lugar do pódio a ser disputado por David Abraldes e Carlos Sousa, com o espanhol a levar a melhor.
Classificaram-se ainda, João Moutinho (5.º), Nuno Bastos (6.º), Adão Machado (7.º) e Bruno Silva (8.º).
Nos carros de tração dianteira (classe A), a indefinição quanto ao vencedor do campeonato ficou mesmo antes desta jornada decidida, face à ausência de Fábio Silva (falecimento de um familiar impossibilitaram-no de participar) que tinha ainda esperanças de "roubar" o título ao outro lousadense, Nuno Foguete. Assim, o piloto do Citröen AX, que durante as qualificações exibiu-se ao seu nível habitual, nem sequer concluiu a final, abandonando na terceira volta, num fim-de-semana dominado totalmente por outro lousadense, Celso Moura. O piloto do Peugeot 205, que está a competir no Open de Ralis, aproveitou para matar saudades do ralicrosse e não teve adversário à altura, deixando para os restantes as outras decisões, até mesmo nas que envolveram confrontos físicos, entre o segundo e o quarto classificado. Os dois pilotos aos comandos dos Suzuki Swift disputaram um intenso duelo pelo segundo lugar, com Diogo Nogueira a aproveitar uma "aberta" de José Batista para assumir esse posto. Mais atrás, o jovem lousadense Hugo Soares, atento ao despique entre os dois, também beneficiou dessa ultrapassagem para assumir o último lugar do pódio, relegando José Batista para o 4.º posto. Classificaram-se ainda, Augusto Faria (5.º), André Carvalho (6.º), Bruno Almeida (7.º), Nuno Foguete (8.º) e Óscar Nunes (9.º).
A classe B, dos carros de tração dianteira, voltou a ser a mais participada de todas e como tal assistiu-se a mais um arranque infernal na final, com 12 carros em pista. No entanto, também nesta classe o título já havia sido virtualmente conquistado por José Pereira, face ao abandono prematuro, durante as qualificações, do mais jovem piloto da Multiclima, o único ainda com aspirações a ascender ao 1.º lugar. Esta final acabou por ser ganha por Ricardo Pereira que após rodar algumas voltas atrás de José Pereira, assumiu a liderança à 4.ª volta para nunca mais a largar. O último lugar do pódio ficou nas mãos de José Caetano que no Seat Ibiza, aguentou a posição perante o forte ataque de um dos Citröen AX da Multiclima.
Terminaram ainda, Manuel Alexandre (5.º), Adão Pinto (6.º), Vítor Magdaleno (7.º), Albano Magalhães (8.º), Fernando Catalina (9.º), Sérgio Policarpo (10.º) e Samuel Cardoso (11.º).


O único título decidido em pista foi o da tração traseira

Para o final do dia ficou reservada a final da única categoria que seria disputada num duelo em pista, a dos carros de tração traseira. Os dois jovens Rolando Azevedo e José Paulo Sousa estavam separados por dois pontos, com vantagem para o felgueirense no imponente Renault Clio que desde logo começou por aumentar a vantagem a cada volta cumprida ao traçado. Logo se percebeu que só um acidente ou uma avaria tiraria a conquista do título a Rolando Azevedo e a verdade é que na última volta o motor do Clio começou a falhar e o piloto de Baltar acabou por ultrapassar o rival na curva que antecede a reta da meta.
Incrédulos os espetadores viram Rolando Azevedo perder o título por 1 ponto a escassos metros da meta, nada que entristecesse o felgueirense que mesmo vendo o troféu de campeão entregue ao rival, mostrou-se convencido que o segundo lugar era suficiente e como tal apresentou recurso e posteriormente foi-lhe dada a razão. É que das cinco provas, os pilotos têm de deitar uma classificação fora e neste particular Rolando Azevedo foi beneficiado com 6 pontos (entre as piores de ambos), vencendo assim o campeonato com uma vantagem de 5 pontos. José Silva completou o pódio, terminando à frente de Mário Barbosa e José Moreira.
Luís Freixo, o único que participou em todas as corridas e mais uma vez completou uma jornada em solitário, venceu naturalmente a categoria dos carros de tração total (4x4).
A celebrar os 25 anos de existência, o CAL, no sentido de recordar os velhos tempos, promoveu uma corrida de Pop Cross, reservada aos Citröen 2 cv e Dyane, que apesar de ter contado somente com dois inscritos é desejo da organização incluir esta categoria no próximo ano.
Carlos Mota



















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