Caíde empata na receção ao Paços de Gaiolo

Terminou com uma igualdade a duas bolas o confronto entre o Caíde de Rei e o Paços de Gaiolo, sendo que as emoções ficaram reservadas para a parte final.
Depois de uma melhor entrada dos marcoenses, a equipa da casa conseguiu equilibrar a contenda, mas a primeira parte foi jogada a um ritmo muito lento e não foi de estranhar que as oportunidades de golo fossem uma raridade.
Perante o pobre espetáculo na etapa inicial, os adeptos nas bancadas não estavam preparados para a grande intensidade que o jogo teve na segunda metade que abriu logo com uma ocasião clara de golo para a equipa da casa. Guilherme cruzou para a área e o guarda-redes do Paços de Gaiolo não agarrou na bola, no que parecia uma defesa fácil, no entanto Santos e Jorge não foram suficientemente expeditos e permitiram a rápida correção do guardião. Na resposta os visitantes colocaram-se em vantagem, num lance infeliz de Guilherme, um dos melhores do conjunto da casa, que ao tentar aliviar a bola da sua área acabou por fazer um chapéu caricato a Mané.
A resposta dos caídenses não se fez esperar e aos 52 minutos, Jorge, após cruzamento de Márcio, cabeceou à barra. Em desvantagem, o treinador do Caíde arriscou tudo e passou a jogar somente com três defesas, mas na frente os avançados não acertavam com a baliza. Aos 69 minutos, Guilherme, num excelente trabalho individual tirou dois contrários do caminho e cruzou atrasado para a pequena área para o remate de pronto de Jorge ao qual Guita correspondeu com uma defesa por instinto. Dois minutos depois, o mesmo Jorge, apareceu livre de marcação ao segundo poste, após canto de Nandinho, mas cabeceou para as nuvens. Neste período os da casa dominavam claramente e já justificavam o golo, mas a bola teimava em não entrar. Aos 79 minutos, numa das melhores jogadas ofensivas da partida, João, pleno de intenção, cabeceou fora do alcance do guarda-redes que ficou pregado no chão, mas a bola saiu a rasar a barra. A igualdade acabou por chegar a sete minutos do final do tempo regulamentar. Santos aproveitou o desentendimento entre um defesa e o guardião para ficar com o esférico e com a baliza à sua mercê não perdoou.
No entanto, os festejos dos homens da casa não duraram muito e pouco depois viram os marcoenses assumirem novamente a liderança do marcador. Mané que havia sido um mero espetador na segunda parte, foi impotente para suster um espetacular remate do capitão Tiago.
À procura de amenizar os estragos, os últimos minutos foram de total assédio à baliza do Paços de Gaiolo que teve no seu guarda-redes um dos melhores em campo. Em cima do minuto 90, Guita, com uma intervenção portentosa negou o golo a João, quando já se gritava golo nas bancadas.
No primeiro minuto dos descontos e após uma série de cabeceamentos na área dos visitantes, o jogador mais pequeno dentro das quatro linhas, Bruno, conseguiu cabecear para o fundo das redes, selando o empate final.
Um empate que acaba por ser um mal menor, mas o Caíde de Rei, pelo que fez na segunda parte, merecia a vitória.

Carlos Mota