Integração de modalidades como a dança, a ginástica e o BTT são metas a atingir
Posteriormente, as emoções do futebol centraram as atenções, com um particular entre a equipa sénior e a formação de veteranos do clube. De seguida, foi a vez de os escolinhas entrarem em cena, antes de o dia terminar a volta da mesa, onde não faltaram o caldo verde, as fêveras grelhadas e o bom vinho da região.
Para Agostinho Cunha, um funcionário público (agente da PSP), de 40 anos, natural de Meinedo, esta é a primeira vez que exerce funções diretivas no clube, onde foi atleta nas temporadas 1990/91 e 92. A falta de pessoas em ajudar a coletividade e o vazio que se criou com a saída da direção anterior foram as principais razões que o levaram a assumir o cargo e tem como meta a atingir a implantação de outras modalidades, apostar nas camadas jovens e reforçar o associativismo.
TVS: Quais são os seus principais objetivos desta direção?
AGOSTINHO CUNHA: Passam por regularizar as finanças do clube e tentar enraizar o associativismo. As pessoas devem colaborar umas com as outras, no sentido de "levar este barco a bom porto". Estamos a implementar várias actividades como a ginástica e o futebol de formação. É uma aposta que esta direção afastar os miúdos dos diversos vícios que a sociedade de hoje apresenta. Queremos melhor e fazer com que as pessoas gostem do clube. Outro dos objetivos é a reativação do futebol, mas nesse caso, a vertente económica tem o seu peso, pois temos de ver se há possibilidades de filiar o clube. As camadas jovens poderão ser uma realidade, dependendo das ajudas a nível de instituições, casos da junta de freguesia e da autarquia. Se essa ajuda vier, esse projeto vai avançar. Vamos procurar melhorar as infraestruturas, o que já começou a ser feito no salão. Estamos a construir um alpendre, para criar condições para organizar algumas festas. Estamos a instalar um novo sistema de gás, com um depósito subterrâneo.
TVS: O futebol sempre foi a imagem da associação. Que planos existem relativamente a uma equipa sénior?
AC: Inscrevermo-nos na Associação de Futebol do Porto está fora de questão, em virtude do das despesas inerentes a esse campeonato. Nos dias de hoje, é-nos impossível entrar novamente e a solução deverá passar pelas provas da AFA Lousada. Estamos em negociações e se tivermos as ajudas necessárias, o mais certo é entrarmos nesta competição.
TVS: Se assim acontecer, o clube tem previsto o regresso dos jogadores que passaram por cá?
AC: Se for para avançar, teremos de analisar e rever certos pontos. Devido a este interregno, a equipa desintegrou-se e obviamente os atletas não iam ficar à espera. Procuraram outras soluções, trataram da sua vida a nível desportivo e foram para outros clubes, como o caso do Cristelos que tem vários jogadores que foram desse clube. Se o clube não lhes pode dar a prática no desporto que gostam, têm de procurar noutros locais e fizeram bem. Nós agora vamos começar do zero e por isso a principal aposta são as camadas jovens para garantir o futuro. Ou seja, começar de baixo, criando alicerces fortes para depois termos massa humana para criar uma equipa sénior coesa.
TVS: Para além do futebol, existe a possibilidade de implementar outras modalidades?
AC: O atletismo, a ginástica e o BTT fazem parte do nosso programa e a iniciativa de hoje (25 de Abril) serviu como um "isco" para chamar mais jovens e pessoas a colaborarem connosco. O teatro é outra das vertentes que poderá ser implementada, se surgirem pessoas interessadas e nos apresentarem um projeto. Estamos aqui para ajudar, temos o salão que está pronto, com um novo visual, no qual, as pessoas se podem dedicar ao teatro e outras atividades. Nós queremos chamar para a associação todo o tipo de atividades para além do futebol.
TVS: No 25 de Abril, o Romariz foi uma das poucas coletividades que assinalou a data. Esta é a imagem da multiplicidade que quer implantar no Romariz e transmitir ao concelho?
AC: Afirmativo. É a imagem do grupo que queremos aqui. Para além de ser uma direção, é um grupo que trabalha e colabora, com gosto de criar e inovar. A direção apresentou os eventos, debatemos e avançamos, porque acho que esta é a maneira de melhorarmos o associativismo. Queremos que as pessoas se aproximem da colectividade, não queremos que se afastem.
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